Qua, 18 de Agosto de 2010
Com o objetivo de prevenir os crimes de tráfico de animais silvestres, a Policia Militar Ambiental (PMA) começa nesta semana a operação tráfico de papagaios. Em Mato Grosso do Sul, os problemas relacionados ao tráfico de animais têm sido relacionados, quase que exclusivamente, ao papagaio. Em 2009 foram 194 espécies apreendidas. A operação pretende evitar que estes animais sejam retirados do seu habitat.Segundo dados da PMA, em 2006 houve apreensão de 300 papagaios no Estado de São Paulo, animais que teriam saído de Mato Grosso do Sul e em 2008 houve apreensão de 234 papagaios, também no Estado de São Paulo, de animais saídos do Estado. A operação foi antecipada devido ao início da reprodução dos psitacídeos (papagaios, periquitos, maritacas, maracanãs), que começa em setembro e normalmente se estende até o mês de dezembro. A PMA empregará todo seu efetivo possível, de 352 homens, nos trabalhos preventivos, que serão, em especial, executados nas propriedades rurais durante este período reprodutivo.
A prioridade da fiscalização preventiva será na região onde todos os anos os problemas têm ocorrido: Ivinhema, Nova Andradina, Anaurilândia, Bataguassu, Novo Horizonte do Sul. Porém, outras com menos incidência deste tipo de crime também terão a fiscalização intensificada, como: Mundo Novo, Iguatemi, Itaquiraí e outros municípios próximos à divisa com o Estado do Paraná. Até hoje não houve nenhuma apreensão de papagaios saídos do Pantanal.
Todas as subunidades da PMA responsáveis pela fiscalização desses municípios receberão reforço de policiais nos trabalhos preventivos. Um outro tipo de tráfico a que a PMA está atenta está relacionado a entrada no Brasil de canários vindos do Peru e da Bolívia. Neste mês a Polícia Federal apreendeu 500 desses canários em Corumbá, porém, a primeira apreensão foi realizada pela PMA no ano de 2001. A entrada deste animal no Brasil envolve riscos para o nosso canário-da-terra, caso ele seja solto na natureza e comece a se reproduzir. A PMA tem notícias de que ele já está sendo cruzado em cativeiro com o canário-da-terra, para ser utilizado em rinhas.
Apesar de ser um caso de tráfico internacional a entrada deste animal no Brasil, a lei de crimes ambientais prescreve, em seu artigo 31, como introduzir espécimes animais no País sem parecer e autorização do órgão ambiental competente, com uma pena de apenas três meses a um ano de detenção.
Fonte: Aves & Notícias
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